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Estratégias para um Desenvolvimento Saudável

No decorrer do processo de desenvolvimento, são várias as problemáticas que se podem e devem falar, desde o desafiar as regras e limites, as birras, as crises familiares, os consumos por vezes excessivos e os comportamentos desmedidos.

A imagem assume outro papel, outra importância e para os mais entendidos “há que seguir a moda”, sob vista de aceitação e sentimento de pertença a um grupo. Começa a ouvir-se falar em problemas de auto-estima, ansiedade, problemas alimentares, comportamentos de risco, desmotivação, isolamento, entre tantos outros.

Os pais têm um papel fundamental na prevenção e intervenção destas problemáticas, e esse trabalho não começa apenas na adolescência quando muitos problemas já estão instaurados, mas sim, desde muito cedo.

É importante construir uma relação de proximidade e confiança, que permita que o jovem tenha a abertura suficiente para procurar ajuda quando necessário. No entanto, a nossa sociedade não está feita a pensar neste tipo de questões e o ritmo de vida das crianças, adolescentes e pais é alucinante, tornando difícil o diálogo saudável depois de um dia trabalho, em substituição à televisão e ao sofá.

Mas difícil não é impossível, e verdade seja dita, o mais importante não é o tempo que se dispõe, mas a forma como esse tempo é aproveitado, ou seja, os cinco ou dez minutos depois do jantar, se aproveitados da melhor forma, podem valer mais que uma hora inteira.

Mas na realidade, o que fazer?

  • Promova um diálogo - Pergunte-lhe como correu o dia, quais as coisas positivas que aconteceram e o que é que ele acha que podia ter feito de diferente. Discuta estratégias de forma construtiva e assertiva

  • Elogiar - Costuma elogiar o seu filho? Dar-lhe reforços positivos? E como é que o faz? Sempre que tiver oportunidade faça reforços positivos, não em relação ao cabelo ou cor de olhos, mas sim referindo o comportamento “Conseguis-te fazer isto ou aquilo sozinho? BOA”

  • Os limites e as regras são importantes em qualquer fase de crescimento, e “de pequenino é que se torce o pepino”, há que começar desde cedo a definir limites e claro, eles vão perguntar “porquê” mil vezes, e aí, não vale dizer “porque eu é que mando”. Não será melhor explicar-lhe? Não será melhor, sentar-se com a criança e explicar-lhe porque diz e quando diz a palavra “não”?

  • Não se esqueça, as crianças aprendem em grande parte por imitação, por isso saiba pedir desculpa quando falha, afinal todos falhamos e não é por isso que perdemos autoridade, ao invés disso, é exactamente quando assumimos os nossos erros e falhas perante os outros, que ganhamos o seu respeito.

  • Entenda e aceite que as crianças vão crescendo, e ainda que na condição de pais tenhamos a ideia de protecção, dê espaço à criança para explorar o mundo, para aprender, para viver e crescer, deixe-a brincar e brinque com ela promovendo a relação interpessoal e a confiança

  • Adeque as brincadeiras à idade, jogos lúdicos, actividades ao ar livre, ouça o que ela tem a dizer, façam planos e actividades em família, dê-lhe responsabilidade, seja a de arrumar os bonecos na caixa, o quarto ou ajudar a por a mesa. Inclua-a nas tarefas e desafiem-se a realizar um plano semanal familiar, que incluirá as actividades prazerosas para realizar em família, bem como as responsabilidades de cada elemento

  • Estimule-a, fale correctamente não utilizando a linguagem “abebezada”, as crianças como aprendem “pópó” aprendem carro, então porque baralhar? Não adivinhe, mesmo adivinhando, o que a criança quer só porque ela estica a mão, vá perguntando e reforçando “o que é que queres?”, repita os nomes de forma a permitir que a criança vá decorando.

  • Antes que me esqueça, a regra mais importante de todas, seja feliz e transmita essa felicidade, trate-a como um adulto sem nunca se esquecer que é uma criança, verá que as consequências desse trabalho por vezes árduo, dará frutos no futuro

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