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Psicólogo? Eu?

Cada vez é mais visível a preocupação com a aparência física, sendo este um tema que, agrada na sua maioria, a qualquer faixa etária. É recorrente ouvirmos falar em idas ao ginásio, alimentos mais ou menos saudáveis que outros, tratamentos estéticos e até mesmo, de cirurgias plásticas.

Não é de todo errado pensarmos acerca dessas questões, aliás, quem é que não quer ter uma boa aparência? Principalmente nos dias de hoje, numa sociedade onde a imagem assume uma importância, por vezes avassaladora.

Mas e a nossa saúde emocional? Onde fica? Será que nos preocupamos verdadeiramente com ela? Será que a priorizamos como fazemos com outras questões na nossa vida? Será que lhe atribuímos a devida importância? Muitas vezes nem pensamos nisso, até porque uma coisa leva a outra e quando se fala em emoções, é comum as escondermos “debaixo do tapete”, é mais fácil e a curto prazo, dói menos.

Saiba que o corpo e a mente, quando em sintonia e harmonia fazem uma dupla imbatível, e por isso mesmo, é importante cuidarmos dos dois. Provavelmente perguntar-se-á “como é que isso se faz?”, mas acredite que por vezes as respostas, estão mesmo à nossa frente.

Já todos ouvimos de falar de psicólogos, de psicoterapeutas e de coachs, certo? Mas sabemos para que servem? O que fazem exactamente?

As causas mais frequentes na procura de um profissional de saúde tem a ver com, transtornos de ansiedade, depressão, problemas familiares, traumas, fobias, dificuldades no relacionamento, orientação profissional, timidez, entre outros.

Ainda assim, não é necessário a existência de uma patologia clínica. Muitas vezes, não conseguimos, num determinado momento da nossa vida, lidar com uma ou mais situações e isso não quer dizer que tenhamos alguma perturbação.

Pode significar apenas que estamos cansados, que atirámos muitas coisas para “debaixo do tapete”, ou que simplesmente, ainda não nos conhecemos o suficiente.

Por alguma razão encontramo-nos impossibilitados de seguir um caminho, não dispomos ou não encontramos as ferramentas necessárias, e nessa altura, sentimos a necessidade de procurar ajuda, um caminho, uma alternativa, um fio condutor para a nossa vida.

A ideia de que o psicólogo é para os “malucos” está completamente ultrapassada. Há inclusive autores que defendem, que todos nós devíamos recorrer a um, pelo menos uma vez na vida. Que devia ser tão importante como ir ao dentista ou ao médico de família.

Afinal quão é importante nos conhecermos verdadeiramente? Será que a imagem chega? Será que não precisamos de ser pessoas melhores? Bem resolvidas? Confiantes? Equilibradas e em harmonia? Pois bem, eu acho que sim, e você, concorda?

Ir ao psicólogo não tem de ser sinónimo de patologia, de frustração nem de dor, pode e deve ser visto, como prevenção e parte activa de um processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Infelizmente, em Portugal, a prevenção primária ainda não assume a devida importância e só procuramos ajuda, quando por vezes já não aguentamos mais. Provavelmente todos nós temos ou já tivemos, um amigo ou familiar, que está a passar por uma fase mais difícil na sua vida, e talvez, precisasse de ajuda especializada. Recorda-se de alguém?

Pois bem, deixo-lhe algumas sugestões que podem ser úteis, no caso de conhecer ou vir a conhecer alguém:

  • Comece por mostrar à pessoa que se preocupa com ela e quer o seu melhor;

  • Escolha o momento e local adequado para ter essa conversa. Preferencialmente numa zona confortável, privada e sem pessoas à volta;

  • Leve-a a ter consciência dos danos que tal situação provoca na sua vida, não emitindo juízos de valor. Explique-lhe que não precisa de passar por isso sozinha, e que há especialistas que a podem ajudar;

  • Seja empático. Pratique a escuta activa e mostre-se disponível para conversar. Por vezes,os momentos de insight, são os melhores para fazer com que a pessoa perceba os benefícios de procurar ajuda;

  • Não pressuponha nem interprete causas e razões. Não faça diagnósticos, por vezes, são rótulos que se criam desnecessariamente e a pessoa, pode não estar preparada para isso;

  • Ofereça-se para o ajudar na procura de um profissional, e se, se sentir confortável, mostre-se disponível para acompanhar o seu amigo nas primeiras consultas;

  • Ainda assim, se a pessoa não quiser fazê-lo, não desista, ela pode apenas ainda não estar preparada para isso. Procure um profissional que o aconselhe, que o ajude a perceber outras estratégias e a melhor forma de ajudar.

“ Podemos escolher recuar em direção à segurança ou avançar em direção ao crescimento.”

Abraham Maslow

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